Reflexões de um equilibrista

A vida é que não seria

Se uma rede houvesse

Entre o solo e a corda bamba.

Entre o solo de concreto e a corda infinita

Cem metros de puro vazio

Que bem podem ser a escolha.

Os braços abertos não são asas

Só buscam a agonia do equilíbrio.

Mas, por que não ser um pássaro

Por poucos segundos apenas

Se, muito mais do que cair

A grande queda é prosseguir?

 

 

              Francisco Cleóbulo Teixeira

Deixe um comentário

Arquivado em Poemas

Deixe um comentário